sábado, 2 de julho de 2011

Divisão de um Reino

Pois todos nós fomos batizados em um Espírito,
formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos,
quer livres,e todos temos bebido de um Espírito.
1 Coríntios 12:13

Somos todos filhos de um mesmo Pai, todos pertencemos a um mesmo Reino, a uma mesma nação. Biblicamente, estou certo, e todos concordarão com isto. Mas será que realmente expressamos isso em nossas atitudes, nossa postura em relação aos nossos irmãos?

É muito recorrente que nós, por termos absoluta certeza daquilo que cremos, daquilo que temos por imutável, que não aceitemos qualquer tipo de diferença. Sim, é muito belo defender o que acreditamos, mas devemos saber que nem tudo que nos é passado pode ser verdade. Todos somos humanos, e temos uma certa tendência que nos leva a corromper o que tocamos, porque queremos sempre moldar as coisas ao nosso jeito.

E nos fechamos. Não admitimos nada que seja diferente, porque aquilo não corresponde com a forma como vemos as coisas. Colocamos o que cremos, e tomamos como certo, acima de todas as coisas, refutando qualquer outra ideia.

Sem perceber, fragmentamos o que deviar único, fazemos com que ele perca sua unidade, seu caráter que o diferencia, e nos afastamos cada vez mais do que faz com esse Reino exista. Nos prendemos a nossas ideias, esses ídolos insolentes que fazem com que esqueçamos que deveríamos ter comunhão com todos os que estão conosco. Julgamos, e achamos que estamos certos. Caímos, e culpamos um terceiro, acertamos, e dizemos que fomos nós.

As rachaduras são marcas da nossa rebeldia. Cada vez mais nos fechamos no nosso canto escuro, querendo ver apenas a nossa própria luz. Mas sem o combustível que a alimenta, toda lamparina se apaga. A fé deixa de ser em Deus e se torna no humano.

Hoje vemos tudo isso. Ser cristão não basta, ser cristão nunca é o suficiente. Quando te perguntam o que você segue, o que você é, essa resposta não basta. Temos que estar filiados a alguma instituição, rotulados como crentes de algo que não envolve ser cristão. Engraçado como são as coisas não é mesmo?

Porque todos nos atrevemos a nos dizer cristãos, mas nunca nos permitimos nada além do círculos de conforto que desenhamos em torno de nós. É muito fácil não errar quando não vamos até onde isso possa acontecer. Pior que isso, não vamos até onde precisam de nós, onde Deus quer que tenhamos ação.

Belos filhos. A tarja de certo/errado está sempre pronta para ser posta, mas não nos dispomos, em nenhum momento, a ter um pequeno diálogo para aprender. Não custa nada, e é uma das melhores e mais certas maneiras de crescer. O problema consite no simples fato de que sim, somos fiéis, mas costumamos ser fiéis apenas ao nosso próprio orgulho. E enquanto isto ocorrer, nossas vozes e atitudes se reunirão em um uníssono grito de ignorância.

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