terça-feira, 27 de março de 2012

Guerra



Palavras faltam, versos que se resvalam
Longe está a mente, o coração anda doente
Sempre o mesmo conflito
Entre a alma e o espírito
Uma guerra sangrenta a fazer perecer
Milhares de soldados todos os dias vêm para morrer

Enquanto o dia continua
Brilha a branca luz da lua
Porque o sol se retirou para chorar
Porque estes tristes campos banhados de sangue
Ele já não mais quer contemplar
E enquanto isso a luta continua
Terrível e indomável, na sua forma mais pura

Dois inimigos que não se odeiam
Mas tocas um do outro como bandidos eles rodeiam
Esperando a única oportunidade para se expulsar
Daqui desta terra, para muito além do mar
Ora mocinho, ora vilão
Já não se sabe mais quem começou esta prisão

E o caminho prossegue durante os dias
E eles se esquecem que ao verem tal massacre
De horror choram suas doces filhas
Talvez não tenha sido feito mesmo para entender
O sabor agridoce deste viver
Talvez seja apenas parar e assistir
Quantas batalhas mais estarão por vir
Até que um dia esse falso ódio pare de se espalhar
E a luz de novos dias de paz venha nos iluminar

domingo, 25 de março de 2012

Sem controle

"So, where did all go wrong?
Everything happened so fast..."


Irracionalidade. Inconsequência. Pois por um momento, esquecemos do futuro, do que virá depois, do que será depois. Esquecemos que haverá amanhã, que haverá o retorno. Agimos em prol do que queremos, e nada mais importa. 

Esquecendo de tudo que iremos causar, fazemos o que depois se torna motivo de arrependimento. Sem controle, pois não pensamos no que aquilo se tornaria, e nos decepcionamos porque não há nada que possamos fazer, senão enfrentar o que fizemos. Não há a quem culpar, senão o próprio eu que, inconsequentemente fez da própria existência uma provação inevitável.

Antes de mais nada, que possamos sempre agir com a consciência daquilo que fazemos. Só assim poderemos evitar a infelicidade de não só nos ferirmos, mas também de ferir aqueles que amamos. Porque dentro de nós, são estas as pessoas que dominam aquilo que queremos, que sentimos e também o que fazemos. O que precisamos é ter a racionalidade para se frear, antes que o que deveria ser motivo de alegria, se torne o motivo de lágrimas.




quinta-feira, 22 de março de 2012

Climate changes

 Don't wait the suffer, to understand the 
value of what you have now.


Just taking a look on our situation on the actual days, I can say it's critical. We simply aren't making NOTHING to fix the mistakes we've done to enviroment. The climate is changing, and the discussions don't go on, because one want to put the blame on other. But the discussions doesn't have this propose, the discussions are to find soluctions to this problem, one of the more serious that humanity have faced.
One important thing that wen all need to understand is: we don't survive without the planet, but the planet survives without us. Many times on earth history, the life almost have disapeared of surface, but it has continued, always. And with or without us it will go on, the only diference is if we'll make part of the future. When we make things to fix our mistakes we aren't saving the planet, we are saving just ourselves. Our life depends on this, and while we stay waiting for the governments resolve who has more blame to after think about what can be done, nothing will change.
This is something that every person on this world must to keep on mind: the responsability is ours, because all we live on this planet. All we will suffer the consequences, and all we know that they will be terrible, but how much more we stay waiting, the situation will get worst, and worst and worst. The inaction and the discussions about who must to do more "by the planet" will just make more catastrophic our future, and we, commom people, we will be who more will suffer on this future, because if now it's hard make our voices be heard, imagine on when the situation get more critical for us.

Think on this.

quarta-feira, 21 de março de 2012

100




Hoje eu esperei
Amanheceu o dia, me lembrei
Que por cem vez nos meus sonhos
Eu livre viajei

Olhei pela janela e vi
Que por cem vezes estive aqui
Contemplando o vasto horizonte
Por vezes com medo ao observar o altivo monte

Saí pela porta, respirei o ar do dia
Engraçado que por cem vezes também
Me questionei se arriscaria
Enquanto caminho aqui por fora
Vi quão avançada é a hora
Mas não importa muito agora
Porque cem vezes mais
Um pé ante o outro colocarei sem demora

E o mais engraçado quando me lembro de tudo começar
É que não tinha ideia de onde iria chegar
Pois desde o princípio eu sempre soube
Que saber o destino
Jamais a mim coube

Encontro-me então
A cem passos do portão
E quantos mais eu irei dar
Sei que só meu Pai pode determinar
E até lá deixarei resplandecer
Esta pequena chama que há cem dias
Aquece o meu viver

domingo, 18 de março de 2012

Limites



Sempre devemos tentar. Tentar seguir adiante, tentar manter o ritmo, os nossos ideiais, nossas crenças. É preciso manter coerência entre o que se crê e o que se faz. Senão, viramos outdoors ambulantes de pura contradição.

Mas é preciso reconhecer os próprios limites. É preciso ver que nada nas nossas vidas é bom quando tem um preço alto demais. E, mais ainda, quando esse preço começa a se tornar quem nós realmente somos. Quando isso acontece, é hora de parar e refletir sobre aquilo que nós julgamos ser o melhor. E, mais que isso, precisamos entender que ainda que não consigamos fazer o melhor, o que importa é que façamos o nosso melhor.

E ninguém irá entender isso. As pessoas atirarão pedras, cobrarão uma perfeição que elas sequer podem imaginar em si próprias. Por este motivo devemos ter consciência de cada ato que praticamos, porque eles são caminhos sem volta. Cada ação executada é uma estrada de mão-única, pois a vida não possui nenhum modo de rebobinar e desfazer aquilo que desejamos. 

É preciso maturidade para isso. E principalmente para ver os nossos próprios limites. Ver até onde realmente somos nós, ou se são vozes alheias decidindo por aquilo que devemos e queremos fazer. Não se trata de adaptar a vida com Deus para aquilo que nós queremos, e sim para aquilo que nós podemos. Ele nunca cobrou perfeição de nós, então quem somos nós para cobrarmos uns dos outros, ou até de nós mesmos?

O rompimento pode ser doloroso. Mas no final das contas acabamos percebendo que nada nem ninguém vale mais que a nossa própria paz de espírito. Cada um possui um caminho para percorrer e, ainda que não o entendamos, devemos aprender a respeitar que nem tudo aquilo que funciona para nós, funciona para outros. Assim é a vida. Assim somos nós.

Porque de caminhos retos através de espinheiros urticantes, já bastam as palavras ofensivas que lançamos uns aos outros, e não precisamos acrescentar uma só experiência a mais para nossas vidas ou as dos outros. As que temos já são exatamente aquelas que precisamos. E tudo isso respeitando os limites daquilo que somos ou podemos nos tornar, sem forçar a mais nem a menos. Porque não basta querer passar por cima de um precipício em nossos caminhos, é preciso ser capaz disso, senão simplesmente saltamos e nos perdemos nos vazios que existem por aí.

terça-feira, 13 de março de 2012

Déja vú


Olho por este lugar
Algum aqui já estive a caminhar
Não me lembro bem o porquê
Dessa estranha sensação em mim nascer


Já vi estas flores antes vivas
Que deixariam as faces de um poeta lívidas
Tal o majestoso esplendor
Uma explosão de beleza num mundo feito de cor


Que agora se encontra em lenta perdição
E a graça da letra que desbota
Encontra-se sob o calor da minha ensanguentada mão
Crava com espinhos das rosas, que enchem essa casa torta


Num diálogo com as sombras
Fugindo de traiçoeiras cobras
Andando por dentre caminhos que já percorri
Mas que andam vazios como jamais eu vi


Seguindo adiante na dúvida se não vou para trás
Em paisagens mais conhecidas minha certeza já aqui jaz
Esta casa nunca habitei
Mas cada cômodo seu eu já provei
E continuo caminhando por dentro da remota lembrança
Encontrar alguma resposta, está aí minha esperança


Descobrir porque a deixei
Mas mais que isso
Descobrir porque voltei
Quase ouço meu eu omisso
A descartar a vida que foi deixada pra trás
Que em fogo de injúrias, ainda hoje se desfaz


No ritmo das novas canções
Mas que me remetem aos meus antigos padrões
Lavando a falsa imagem do presente
Escrevendo uma carta na qual sou destinatário e remetente


Até que encontre o espelho derradeiro do meu ser
Onde passado e presente eu possa ver
Quando não vai haver diferença entre o que fui e o que sou
Pois do mesmo cálice, o paladar de ambos provou
Com a certeza da diferença da ida
De uma causa que agora não é mais perdida
Promessa de um novo céu azul
O qual busco ao viver esse intenso déja vú

segunda-feira, 12 de março de 2012

Abrasador



Acordar e ver que o sonho acabou. Que jamais aconteceu, e que o que parecia palpável não passava de mero desejo agradável. Perceber que tudo não passou de uma viagem, um devaneio que jamais alcançou a dimensão da realidade. É, encarar algumas coisas não é fácil, principalmente quando elas são as que mais queremos, e nunca puderam ser ditas como reais.

O choque é doloroso. É impensável, é inacreditável. Olhamos atordoados, e é impossível deter as lágrimas. Elas brotam como a nascente de um rio caudaloso, manifestando toda a calamidade que se encontra em nosso ser. E tudo parece ser uma tempestade de ventos fortes que lança todo tipo de detritos ao nosso encontro, e na qual podemos ouvimos o zombar de mil vozes a caçoarem de tudo aquilo que sofremos. Caçoam de tudo aquilo que achamos que existia, e nos chamam de tolos, por fantasiar contos de fadas no duro e áspero horizonte que é a vida. 

E ali permanecemos, pensando em tudo que não passou. Em tudo que foi nada mais que uma promessa de primavera no fim de outono, mas jamais poderemos pular o cortante frio do inverno. Doce ilusão da felicidade, que é lavada de nosso ser pelas frias águas da chuva torrencial que se abate sobre nosso frágil templo chamado espírito.

E ali permanecemos calados, movidos apenas pela certeza de que continuamos existindo. Tal é o ardor da dor, da revolta, da confusão, que num último lamento de dor, soltamos o derradeiro grito da inconformidade. E naquele momento, vemos que as gotas de água abrasam nossos sonhos, lamentos e decepções. Porque naquele momento deixamos apenas que tudo seja queimado e se transforme em cinzas, assistindo o fogo consumir os nossos mais desejados sonhos, enquanto começamos a deixar crescer a ideia de que nunca aquilo nos pertenceu.



(Em caso de problemas na visualização da legenda, aperte o triângulo voltado para cima ao lado da barra de reprodução -em cinza-, vá em cc e selecione português ou inglês)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Wer bin ich?

Das Gedicht auf Dietrich Bonhoeffer ist wunderbar. Er war Theologe, und anti-nazismus. Das Gedicht war in der Verhaftung schreiben. 


Gute Lektüre für alle.








Wer bin ich? Sie sagen mir oft, 
ich trete aus meiner Zelle
gelassen und heiter und fest
wie ein Gutsherr aus seinem Schloss. 
Wer bin ich? Sie sagen mir oft,
ich spräche mit meinen Bewachern
frei und freundlich und klar,
als hätte ich zu gebieten. 
Wer bin ich? Sie sagen mir auch,
ich trüge die Tage des Unglücks
gleichmütig, lächelnd und stolz,
wie einer, der siegen gewohnt ist. 
Bin ich das wirklich, was andere von mir sagen? 
Oder bin ich nur das, was ich selbst von mir weiß?
Unruhig, sehnsüchtig, krank, wie ein Vogel im Käfig,
ringend nach Lebensatem, als würgte mir einer die Kehle,
hungernd nach Farben, nach Blumen, nach Vogelstimmen,
dürstend nach guten Worten, nach menschlicher Nähe,
zitternd vor Zorn über Willkür und kleinlichste Kränkung,
umgetrieben vom Warten auf große Dinge,
ohnmächtig bangend um Freunde in endloser Ferne,
müde und leer zum Beten, zum Denken, zum Schaffen,
matt und bereit, von allem Abschied zu nehmen? 
Wer bin ich? Der oder jener?
Bin ich denn heute dieser und morgen ein andrer?
Bin ich beides zugleich? Vor Menschen ein Heuchler
Seite 1/6und vor mir selbst ein verächtlich wehleidiger Schwächling?
Oder gleicht, was in mir noch ist, dem geschlagenen Heer,
das in Unordnung weicht vor schon gewonnenem Sieg? 
Wer bin ich? Einsames Fragen treibt mit mir Spott.
Wer ich auch bin, Du kennst mich, Dein bin ich, o Gott!

terça-feira, 6 de março de 2012

O poeta e a flor



Ele estava a caminhar
Ela, apenas a um espaço ocupar
Um encontro ao acaso
Tua beleza o deixou espasmo
Se perguntava como naquela vazia imensidão
Pudesse haver tamanha perfeição
E ela não podia crer
Que alguém por vê-la, de alegria iria replandescer
Queria estar com ela
Queria aquela forma bela
A doce imagem eternizada em uma tela

Um retrato para sempre guardar
Mas era apenas com palavras que ele sabia lidar
Alguns riscos no papel a rabiscar
Uma grande decepção a sua alma frustrar
Ela queria se mover
Ao lado dele para sempre viver
Mas ao chão estava presa pela raiz
"Oh Deus! Algo assim foi tudo o que sempre quis"

Todos os dias ele voltava para lá
E horas perdia, com ela a gastar
Ele com palavras a escrever, ela com doce perfume a exalar
Era tudo que naquele doce embalo, podiam se doar

Quando certo dia
As frágeis pétalas vieram a despencar
A tempestade veio a pequenina alma quebrantar
Para sempre no seio da terra viver
E ele apenas com palavras para não a esquecer
Foi então que se deu conta que ela tinha apenas mudado de lugar
Enraizada em seu coração, ali ela escolheu habitar
Ainda que para isso, o próprio perfume tivesse que deixar
Nos ares da chuva, onde tua alma pôde por completo se lavar

domingo, 4 de março de 2012

Quaresma



Estamos em uma época do ano bem conhecida, em especial das pessoas que são católicas. A quaresma simboliza os quarenta dias em que Jesus foi tentado no deserto, de todas as formas possíveis. Também, devido ao simbolismo presente na Bíblia com relação ao número 4, este período representa um tempo de renovação, de retomada do caminho com Deus. Tempo de santificação, purificação.

Manda a tradição o jejum, a oração. Mas há muito mais que uma simples tradição repetida todos os anos como um rito religioso obrigatório. É uma escolha, antes de mais nada, uma escolha para a qual devemos estar preparados. Viver o que reza a tradição não é deixar de comer carne vermelha e ir mais à igreja, usando roupas roxas. É se dispôr a se purificar, a viver um pouquinho daquilo que nosso metre viveu, sentir um pouco das transformações que a privação pode trazer e, para os que o seguem, faz parte entender que as privações e provações fazem parte da vida.

Não é fácil, e muito menos isto ocorre apenas durante este tempo. O tempo da quaresma apenas representa o que acontece em todos os dias de nossas vidas. Somos açoitados pelas surpresas e desafios do caminho, que por vezes nos tiram o fôlego. E ao fim dos "quarenta dias" enfrentamos a "morte". Pouco a pouco nós nos dirigimos para nossas próprias cruzes, onde seremos coroados com os espinhos que nós mesmos plantamos. Mas o que importa é que, no fim disso tudo, aquele a quem sempre buscamos estará ao nosso lado, em todos os momentos, cobrindo-nos de amor e conforto quando todos os que amamos nos jogam pedras, ou apenas olham a nossa própria crucificação.

Ressurgiremos transformados, deixando para trás as causas de nosso definhamento. Todos os dias, quando buscamos, vivemos um pouco da perda daquilo que não devemos mais carregar. Porém, fé é ter a certeza de que existe algo lá na frente que não podemos ver, mas que ainda assim sabemos em nosso coração que vale muito mais a pena do que qualquer outra coisa que possamos ter hoje, mesmo que pra isso as chibatadas de nossas vidas rasguem até o íntimo de nossos espíritos. Pois já sabemos de uma coisa: o fim simplesmente não existe.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Near and far





On actual days, we can have contact with people on the other side of the world, and know in real time what happens in almost whole world. We can know different culture, ways of life and ways to see things in our lifes, and each more, I can see how important this contact is. Not just by the knowing, because when we know different people, we LEARN to deal with differences, we start to see that cultures are just differents, and there's no one that is better.


This contact can be made specially by the internet, where we have a lot of ways to develop it. Far phycally, but in the same time: people from USA, Russland, German, and many other countries can read this text, and not just this, these people can express their opinion about it. This is one of the possible contacts.


So, what I want to say it: we can't leave this opportunity just pass by us. It's a great way to learn, see, have contact with other cultures, and not just this, show what our own have to offer. And always we need to keep on our minds this: everytime that we have a contact like this, we will learn and teach. We need to be ready for this. And so important as keep this contact, is take care to don't live so much near from distant reallities, but distant of our own. This is a big problem too.