domingo, 29 de dezembro de 2013

Descanso




Um dia calmo
Um lago tranquilo
Uma mente difusa
Mas um silêncio no espírito

Cartas na mesa
Jogo no fim
Um museu em chamas
Que dá adeus ao passado

Histórias na memória
Lições de vitória
A espada já na bainha
Soldados que voltam a ficar em linha

Fim de capítulo
O livro agora merece um título
Talvez venha um novo volume
Depois que com este final 
O leitor se acostume

Brisa no campo
No chão é que descanso
Existe um caminho
Onde antes os espinhos descansavam
Do outro lado cantam
Os corais da redenção
Num templo sagrado
Para onde só os que abrem mão de si vão

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Abraço


O som que reverbera
Esta é a hora para aquele que espera
Os tempos antigos hoje são apenas história
Uma lembrança meio viva
Mas que se torna nublada na memória

Já não maltratam aquele que vê
Ele já acredita novamente
Em tudo aquilo que ele pode ser
O mundo é uma bela canção
Para aqueles que têm luz no coração

Não importa onde quer que se esteja
Porque a vida está em todo lugar
Sinto ela pulsando dentro de mim
Me espanto com tamanho amor
Este cuidado que sinto em volta aqui

Um abraço terno
Uma palavra doce
Não é um sonho
Porque desde a manhã eu já posso ouvir
E nem posso conter essa chama de fogo vivo
Que queima tudo que há em mim
renovando cada parte de minh'alma

Nos pequenos detalhes é que eu te vi
E nas tão bobas coisas foi que ouvi
Um chamado de volta
A certeza de um amor inacabável
Que sem dúvidas vem abraçar
Cada pedaço de uma alma dantes quebrantada

E os ventos sopram bravos lá fora
Como sempre estiveram a soprar
Mas andando pelas ruas deste lugar
Vejo que é para isso que nasci
Ver e viver
E apesar de todas as folhas que caem mortas pelo chão
No grande dom da vida
É que jamais posso deixar de crer