quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Trilhas



O chão só se mostra quando é dado o passo
Porque teus olhos não vêem nesta escuridão
O medo de continuar envolve em apertado laço
O suor frio a escorrer para a palma das tuas mãos

Caminhas por vales desconhecidos
Ondé sempre há rumores de monstros temidos
Feras bestiais a devorar o que há em ti
Envolvendo-te em um pavor que parece não ter fim

A noite é morta, sem estrelas
E nada ilumina este enegrecido mundo cheio de maldade
Sombras sobre sombras, essas são as vidas que julgas ao vê-las
E a felicidade, esta é apenas uma mera possibilidade

Contemplo este árido vazio
Que espera por um raio de vida
Apenas terra sem plantio
Apenas mais uma área abandonada despercebida

As sementes não foram jogadas
Morreriam em tão fria paisagem
Estas velhas mágoas precisam ser renovadas
E livrar-se é preciso dessa morta folhagem

Deixar-se iluminar por um novo dia
Eis que existe um perfeito guia
Que todas as chagas irá limpar
E com mãos de perfeição a todos irá sarar

Para tanto é preciso apenas ouvir
O que Ele está a pedir
Todas as coisas para o teu bem são feitas
E nenhuma das tuas obras, por ninguém serão desfeitas

Querem o céu atingir
Sem que do inferno precisem sair
Esquecem que aquilo que criam para si
São os piores tormentos que podem existir

Que venha um novo sol sobre seu coração
E ele será aquecido por um amor que é simplesmente perfeição
As sementes da felicidade em ti renderão novos frutos
De tristeza, não cairás em choro até que perca o ar em soluços
E luz haverá para que em valas não caiam
E dos perfeitos caminhos traçados, jamais os teus pés saiam.



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