quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Silêncio




Olhando em redor, nada se move
Sinto o toque do vento, e se ao meu lado existe alguém, não há nada que comprove
Vejo uma imensidão azul, que com cuidado prova a praia
O toque do sol faz com que todo o temor de mim saia
Aos poucos, vem surgindo o amanhecer
E coisas novas virão a acontecer


Apenas me sento e olho
Qualquer palavra é insuficiente
Perante essa nova realidade que é para mim é algo comovente
Não sei o que dizer
E tudo que posso fazer, é apenas agradecer
E renascer...


Em volta de mim, em uníssono batem calados todos os corações
Como se o mundo participasse em silêncio de meu testemunho do alvorecer
E esse silêncio me constrange e me comove como o som de mil multidões
Sinto como se entre nós não houvesse distinção, e no meio dessa presença eu fosse me perder


Sem reação, sem o que dizer, apenas me deixo levar
Nas águas deste rio, vagarosamente eu irei me banhar
Para depois pelo fogo, eu voltar a caminhar
Por ora, devo apenas esperar,
Até que meu momento chegue, e a planos novos possa me entregar


Meu silêncio, é meu maior agradecimento
Pois minhas palavras fariam se perder esse maravilhoso momento
Não entendo o que há
Nem pretendo que o consiga
Pois apenas preciso estar
Com aquele que com amor pede para que eu o siga


Minhas mãos às suas vou atar
E humildemente me deixarei guiar
Sem voltas pelos meus devaneios
Sem tentar por meus falhos meios
Apenas nesta graça me entregar
Para que o teu amor possa por completo me curar.

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