terça-feira, 27 de março de 2012

Guerra



Palavras faltam, versos que se resvalam
Longe está a mente, o coração anda doente
Sempre o mesmo conflito
Entre a alma e o espírito
Uma guerra sangrenta a fazer perecer
Milhares de soldados todos os dias vêm para morrer

Enquanto o dia continua
Brilha a branca luz da lua
Porque o sol se retirou para chorar
Porque estes tristes campos banhados de sangue
Ele já não mais quer contemplar
E enquanto isso a luta continua
Terrível e indomável, na sua forma mais pura

Dois inimigos que não se odeiam
Mas tocas um do outro como bandidos eles rodeiam
Esperando a única oportunidade para se expulsar
Daqui desta terra, para muito além do mar
Ora mocinho, ora vilão
Já não se sabe mais quem começou esta prisão

E o caminho prossegue durante os dias
E eles se esquecem que ao verem tal massacre
De horror choram suas doces filhas
Talvez não tenha sido feito mesmo para entender
O sabor agridoce deste viver
Talvez seja apenas parar e assistir
Quantas batalhas mais estarão por vir
Até que um dia esse falso ódio pare de se espalhar
E a luz de novos dias de paz venha nos iluminar

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