Como de um
sonho acordar
E a
primeira luz do dia poder contemplar
Como na
pele o primeiro raio de sol vir a aquecer
Com o toque
gelado do vento sentir a pele estremecer
Sair a
caminhar
Pelas
mesmas ruas de sempre com atenção contemplar
Incerto se
é nelas que algo mudou
Enquanto
não prestava atenção ao tempo que se passou
Aos poucos
a cantiga antiga na cabeça deixa de ressoar
Surgindo
espaço para que nova música venha a se apresentar
A escuridão
e rigidez do pensamento aos poucos se desfazem
Como
renovada na primavera se encontram uma verde pastagem
Um sentimento
que ganha forma e força
Amor pela
vida, não a antiga mas peça que ainda é moça
Quase invisíveis
os fios podem ser vistos a se dissipar
Amarras
entranhadas até o infinito que agora lá já não vão mais estar
Sem grandes
sagas de aventuras, ou jornadas de herói
Apenas um
cotidiano comum, onde a vida humana se constrói
E pela
primeira vez em muito tempo gasto em memórias a visitar
O novo parece
mesmo confiável, um amigo a abraçar
Assim se
repensa a jornada pelo caminho
Sem
obrigações ou febre pelo destino
Aonde
depois de uma batalha que fez a base de seu universo se abalar
Passado,
presente e futuro se reconciliam para novamente juntos caminhar