sábado, 29 de novembro de 2014
Tempo
Invisível, implacável, imutável
Senhor da vida, da morte, faz de tudo passagem instável
Nas fotos o papel de amarelo se colore
Enquanto das montanhas para o mar
O rio da nossa vida sem parar corre
Sensível, recheado de amores, despedidas
É com acontecimentos e histórias
Que sua essência é preenchida
E desde seu início até o seu desconhecido final
Lutas serão vividas, vitórias serão adquiridas
Memórias serão construídas, e promessas serão cumpridas
Intimidador, poderoso, estranho remédio para a alma
Às vezes se faz rápido como o vento
Em outras é como o brilho do sol num mar em calma
Faz que as folhas de verde a amarelas e vermelhas venham ao chão
Faz com que a certeza se transmute em uma nova questão
Não se sabe se é testemunha ou causa das mudanças que virão
Só se sabe que sem parar suas mãos por todo lugar passarão
E enquanto bebês crescem para se tornarem fortes que amarão
Seus olhos vêem a vida como um acontecimento raro desde toda a criação
E seu prolongamento nos trás perguntas que incomodarão
Pois sabemos que para ver as respostas
Nossos olhos mais aquik não estarão
E enquanto brincamos de esquecer que nossas pegadas também se irão
Ele faz seu papel perfeito de que coisas novas sempre virão
E docemente como o abraço de um irmão
Aos recantos do desconhecido seus braços nos levarão
Deixando como certeza apenas
Que mesmo depois de nós outros tanto também se levantarão
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