segunda-feira, 6 de julho de 2015

Outono



Aquela manhã bela e morna
Nela há algo diferente, 
Sua singularidade a especial torna
Foi a chegada de um vôo conturbado
Quando era preciso ir
Mesmo que o coração almejasse continuar parado

Então chegamos a esta estação
São tantos estranhos a encarar
Mas ainda encontro abrigo no toque de sua mão
Há árvores belas por todo lado
São tantas cores, com tantos tons
Tudo que de mim sai é um suspiro encabulado

Mas para total e confusa surpresa
Os dias vão diminuindo
São um pŕenúncio de fim, envolto em tristeza
Pois o calor vai se esmaecendo
A cada vez o sol se vai mais cedo
E os sonhos de cultivo nos campos vão morrendo

Esta é uma primavera ao contrário
Em que os pássaros se vão
E no jardim,de flor só resta um lírio solitário
Então vendo que aquela é condenada estação
O frio chega enfim por baixo das portas
O que antes era promessa viva de verão
Logo em breve será neve e solidão
E no céu da mente desejos incompletos
Vívidos como auroras boreais se farão
Sombras se mexendo sobre o escuro
A companhia antes tão ardentemente desejada é que agora elas serão

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