quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Despedida



É preciso me esconder
Para que eu não venha a me perder
E preciso me apartar
Para que nas pedras eu não venha me assentar


Ao perder o que dizer
É preciso um tempo para responder
Talvez meu silêncio seja a voz de sua ciência
Talvez tuas ditas sejam apenas minha essência
Quando olho não mais vejo
Porque a luz me cega, e eu apenas pestanejo 


Céus que desabam sobre o mar
A luz já não ilumina nenhum lugar
Palavras aleatórias venho dizer
O melhor é o que desejo a você


Vivo e sinto, 
Vejo e escuto
As vozes que vêm de um mundo diminuto
E agora ao entardecer
Eis que posso vir lhe agradecer
Por todas as maravilhas que pude participar
E de todas as vidas que testemunhei mudar
Porque esta é a hora em posso dizer
Adeus, fique bem, não deixe de escrever
Foi sim muito bom conhecer você... 

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