quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cegueira Voluntária



Todos os dias estou a escrever
Tudo aquilo que eu queria ser
E todos os dias eu estou a ver
Tudo aquilo que posso esquecer


Andando pelas ruas de uma cidade solitária
Felicidades individuais são a causa primária
De uma tristeza que me agonia
De um grito surdo de dor que escuto noite e dia


Faces voltadas para o chão
Mãos estendidas à procura de um irmão
Esperando por alguém 
Que no lado esquerdo ainda tenha um coração


Facilmente me descubro a pensar
Em todas as coisas que capto pelo ar
Feras que debalde se debatem
Os mesmos vilões que falsamente se combatem


A vida é como uma poesia
Cujas rimas se fazem novas a cada dia
Um drama que se disfarça de comédia
Ainda somos os bárbaros da Idade Média
Duelando por um posto de poder
Jogando fora todas as boas coisas que poderíamos fazer


Pisando sobre restos de humanidade
É hipocrisia dizer que seguimos A verdade
Que sejamos perdoados pelo que estamos a fazer
Mas que o sejamos principalmente
Pela orgulhosa teimosia em não querer ver







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