terça-feira, 8 de maio de 2012
Considerações de um poeta
É quase certo portanto
Que será feito um novo canto
Rumores e sussurros foi o que ouvi
Sombras fugidias na escuridão da noite eu vi
São medos que andam
São as pedras que clamam
Estátuas que choram sem parar
Perdidas, pois não sabem sair do lugar
São meninos sozinhos, crianças abandonadas
Já não mais há caminho, as estradas estão arrasadas
Levadas pelas batalhas do mundo
Os estrondos a todos deixaram surdos
Os clarões brilhantes da dor
A todos deixaram em torpor
Já não vêem mais a primavera
Já não cultivam mais o pão
Já não dão mais valor a esta terra
Sequer olham para o próprio irmão
Caem nas valas à beira da estrada
Brincam de senhores, mas a alma própria jaz estacada
Em cruzes de dor
Perante as quais todo rosto perde a cor
Flacidez de um ego errante
Rascunhos de um ser buscando perfeição
Do seu objetivo ele está sim distante
Mas com a certeza do destino guardada em seu coração
A prosseguir sempre, pois o futuro é para ele mais uma bela canção
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Lindo! Me senti abrindo um livro de poesias e desfrutando de uma bela obra de arte! Parabéns :p
ResponderExcluirObrigado Drielle! É sempre bom contar com uma leitora assídua como você!
Excluir:)
Obrigado mesmo!