quinta-feira, 4 de abril de 2013

Gerais



Café, broa de fubá
Quindim, canto de sabiá
Fogão a lenha, estalo da madeira
Histórias que se ouve
Sentado ao pé de uma cadeira
Risos, crianças a correr
E no pomar, a jabuticaba a amadurecer
Carro de boi que vem a cantar
Cantigas antigas, que só os avós conseguem lembrar
Cheiro de mato, o sol a brilhar
Gotas de água, durante a noite esteve a orvalhar
Barro mole, roupa vermelha
Assim se diverte uma criança pentelha 
Leite vaca, ainda a espumar
Doces da roça, não se faz em outro lugar
Palavras simples, que a qualquer um podem encantar
Jeito modesto, e casa acolhedora
"Tome só um cafézinho", é sempre o que diz a alma aberta
Dia após dia, vida sofrida
Sonhos perdidos de uma alma constrangida
Fé que não se abala, embora o futuro seja incerto
Olhos que se fecham, apenas para sentir o horizonte mais perto
Pois dos cantos daqui para o céu se erguem
São feitos com a certeza de que eles nunca se perdem

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