sábado, 20 de julho de 2013

Leve brisa da manhã



Quem disse que o peso era assim?
Que os dias sempre terminam com um stresse sem fim?
Quem disse que não se deve gozar
Dos momentos à tarde, sentado a descansar?

Quem disse que a vida é tão dura quando o chão
Que os dias dela, quase sem vermos é que se irão?
Quem disse que o sol é para queimar
As costas daquelas almas que não podem deixar de trabalhar?

Pois todos devem saber
Como é bom sentir o vento do entardecer
Acordar de manhã e cantar
Pela janela um novo dia que está a começar

Sentir o sabor daquilo que se come
Saber do passageiro ao lado no ônibus
Apenas o seu nome
Cumprimentar com um bom dia 
Não é nada demais, é apenas uma boa sintonia

Quem dera se apenas uma face houvesse no mundo
Onde para se ter algo a mais
Ao outro não custe a própria paz
Onde o espírito da ganância seria
Apenas memória no tempo perdida

Talvez seja utópico dizer
Dos sonhos que desde ontem vejo acontecer
Talvez seja utópico esperar
Que um dia essa lama da água venha a se retirar

E finalmente todos possam vir a saber
Que da mesma água é que sempre estivemos a beber
Apenas mudaram as aparências do viver
Pra que um pouco acima eles possam parecer
Mas na verdade já os vejo naufragar
No próprio mar de discórdia que insistem em criar

Enquanto isso venho apenas dizer
Não corra tanto
Dias de paz em meio à luta
Serão feitos apenas por você

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