quarta-feira, 3 de julho de 2013
Sobre os porcos e a morte
Antes do fim
Antes de mim
Antes de ti
Antes de vir
Arte prosaica
Uma vila arcaia
Palavras que são soltas
Ou apenas muitas ideias revoltas?
Crescente em mim
Advindo de ti
Abandono sem fim
Anseio por um sim
Calam-se os canhões
Estremecem os portões
Atrás das muralhas anseiam as mães
Pois sabem que já não mais bastarão os pães
Cerco envolto
O mar está revolto
Sombras e luzes numa dança estranha
Os tiros são vozes em uma só companha
Ladrilhos arrancados
Espelhos quebrados
Sonhos findados
Desejos usurpados
Caem castelos
Sobem novos reis
Rotaciona o campo de escravos
Chegamos agora ao número três
Se são porcos ou homens
Já desisti de saber
Vejo que nos rios matam as fontes
Sim, de sede eles vão morrer
Há quem ache que tudo é só uma pirâmide
Uma beleza profundamente cruel
Enquanto a ponta admira o mundo todo
A base foi feita para nunca ver o céu
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