quinta-feira, 21 de maio de 2015

Senhores do infinito



Pontos sem dimensão
De longe tão pequenos eles são
Como contas em distante colar de pérolas
Para chegar aonde estão, preciso seria viajar por eras

Eles desenham sorrisos, monstros, animais
Parece que desde sempre assistem
Tudo que aqui nasce, cresce e se desfaz
Em sua paciência imóvel no infinito
Ouvem o mais profundo silêncio, e o mais poderoso grito

Em giros e mais giros indo ao além
No fim do esplendor é que contemplar-nos eles vem
Ribombam desde escuro, trovões e chuva eles provém
São fortes como montanhas, sem olhar pra baixo com desdém

E enquanto pequenos grilos cantam escondidos em meio à grama
Eles traçam outros destinos, outras vidas, outras tramas
Incessantemente sem piscar
São seus olhos atentos sempre a tudo observar

Riscos de luz que vez por outra vêm pousar
Sonhos dão a quem eles caindo puder observar
Dançam em verde, vermelho, azul
Refletem seu próprio brilho, para quem os admira a olho nu

São senhores do espaço
Gigantes quase eternos, chama e calor são o seu traço
São juntos ursos, arqueiros, guerreiros na imensidão
São a prova viva de que juntos é que todos vencerão
Pois um deles é no vazio triste solidão
Mas juntos mostram esperança e inspiração

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