sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Perdão


O sol se pôs, nasceu de novo
Estávamos lá, mas já nos perdemos em meio ao povo
Foram horas que voaram para muito além
Foi um "adeus, fique bem também"

Mas ainda que seja agora um tempo passado
São ideias sobre as quais ainda tenho pensado
Aqueles sonhos que no papel desenhamos
Bobos, de criança, como nossos olhares quando nos encontramos

E mesmo que hoje o silêncio impere
Trazido pela vida e suas intempéries
Volta e meio me lembro dos dias ao sol no parque
Antes daquele adeus logo antes do embarque

Uma memória boa, um calor no coração
E essas milhas que talvez um dia desaparecerão
Pois ainda que não muitas, parecem ter se feito imensidão
Ou talvez seja pura bobagem, uma mera e tola ilusão

São as palavras de uma memória vivente
Lembranças de um dia ardente
Agradecidas por termos nos encontrado ao final 
E sentindo-se culpadas por não terem acabado ao sinal

Certas formas não se perdem tão facilmente com o tempo
Voltam em dias calmos, com pouco vento
Entram pela porta, sussurram ideias de verão
Ainda que no inverno, as horas agora passarão

Então por ainda ser ouvir os ecos vazios das montanhas
E olhar para as chaves que abriram portas agora de volta estranhas
E olhar para as linhas de uma desconhecida nação
De onde veio arrebatadora aquela voz que falava do coração

Beijo o vento, e abraço a luz do sol
Perdoando o encontro de dois em um
Sabendo que onde não estão dois, não vive nenhum
E esperando que nas palavras desta línga irmã
Se encontrem frases que façam surgir uma vida sã

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