Todos os dias fazemos escolhas. Mesmo a opção por não fazer nada é uma opção, o que implica que as decorrências dessas ações são de nossa única responsabilidade. Optar, escolher. Tão importante quanto agir, ou até mais, já que a escolha decide os rumos de nossas ações.
Ao realizarmos nossas decisões, não temos sequer ideia das reais consequências de onde aquela decisão irá nos levar. Sabemos se será bom ou não, pois no fundo, se pararmos para refletir realmente sobre nossas decisões, sabemos bem o tipo de fruto que colheremos.
Existem na vida muitos momentos de plantio. E podemos sempre optar pelo que vamos plantar. Mas devemos ter o cuidado de saber bem o que estamos plantando. Para que não sejam meras bananeiras que produzem apenas uma vez, e cujo fruto não possui sequer sementes que possam ser lançadas na terra, sendo apenas algo passageiro.
Há muitas bananeiras em nossas vidas. Não digo que elas não têm utilidade, mas elas não renovam. Não deixam continuidade. E é isso mesmo que queremos que seja nossa opção?
Verdadeiros frutos requerem optar por aquilo que sabemos que vai persistir, ainda que muitos digam que não. Em tudo que plantamos, há um pouco de acreditar. A questão é: no que temos acreditado? Em frutos que se perdem, ou naqueles que trarão não só retorno, como também sementes?
Cada um pode optar pelo que achar melhor. Só devemos sempre nos lembrar das palavras de Paulo: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me são válidas." Esse é o grande desafio: optar pelo válido, ainda que exija um pouco mais de esforço. Porque o resto, o resto é composto apenas pelos espinhos que acabarão por nos ensinar a não cedermos à tentação de tocá-los novamente.