quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Nostalgia





A chuva vem me lembrar
A tempos antigos quer me arrebatar
Mas que tempos são estes?
Que sequer consigo me lembrar?
Embora a memória não esteja aqui
O coração insiste em dizer que algo assim já vivi


Tempos atrás
Uma vida que na névoa se desfaz
Procurar não me leva a nenhum lugar
Embora o aroma antigo aqui esteja a chegar
E eu fico atordoado
Será que estou sonhando acordado?


É estranho parecer 
Que um detalhe fugidio estou a esquecer
Como se algo estivesse prestes a se repetir
Como se algum sonho de outrora estivesse apenas a dormir
Não tenho ideia do que seja
Mas é flor que toda primavera viceja


E me pergunto de onde vem
Essa angústia estranha que o meu espírito detém
Uma colina verde que não vi em nenhum lugar
Um leve aroma do campo que consigo captar
Uma história simples a persistir
Como se de fato ela pudesse existir


Desejoso daquilo que ainda não vi
Ansiando por algo que salta dentro de mim
Ah chuva, lave isso daqui
Embora com o sol essas pedras castelos também venham construir
Às vezes eu me acho a me perder
É, eu sinto saudades de você
Da manhã até o anoitecer
Rosto envolto em sombras de esquecimento
Mas que sinto presente a cada momento


Até que possa entender
Apenas te verei aparecer
Ruidosa como o grito de um trovão
Leve como uma pétala em minha mão
Suave como o perfume de uma rosa
Mas que meu coração deixa em polvorosa...


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