quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ponte





Porque de frente para a ponte
Vejo a linha vermelha do horizonte
Me pego a olhar para baixo
Dentro das águas profundas é onde me encaixo
Mergulhando nos mistérios do viver
O desconhecido se revela, já não resta nada para temer


É preciso força para enfrentar
Todos os desafios que estou para confrontar
É preciso sabedoria para vencer 
Todos os problemas que tenho de resolver
Lendo nas entrelinhas deste mar
De pensamentos que estão a me transbordar


Me perguntando o que virá nos dias a seguir
Vislumbrando um passado que almeja se repetir
Mas o fim do círculo eu vou alcançar
Essa volta sem fim de alguma forma irá acabar


Caindo no mar do meu ser
O pulo é inevitável 
Para sempre irei desaparecer
Pois quando a água meu corpo tocar
Lavado serei, um novo ser que acaba de se libertar
Parado estou no limiar
Entre o que restou, e o que já posso sentir faltar
Contra a corrente serei, cada metro de nado vencerei
Pois dentro daquilo que tenho que ser
Hoje é algo que eu posso ver
Há na caminhada coisas boas que poderei viver
Mas há também aquelas que simplesmente têm que acontecer

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