quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Peregrino







Porque caminhei
Mais uma vez recomecei
E porque eu parti
Para sempre o passado eu deixei


Ainda ouço um eco a entoar
Os ruídos de um naufrágio em alto-mar
Medo senti de me perder
Nas águas profundas desaparecer
Qual foi minha surpresa ao constatar
Que sobre os escombros estava eu a caminhar


Não vejo terra perto de mim
Vejo águas, apenas águas sem fim
Com a ação do impossível irei peregrinar
Até que terra seca eu possa encontrar
Não entendo como, apenas me deixo levar
Ainda que por vezes, sim eu venha a afundar


Errante peregrino é o que serei
Testemunha do impossível, eu me tornarei
Passo a passo em frente avançar
Não estou sem rumo, você pode acreditar
Pois tenho a suave luz da lua a ser o meu guia
A bela luz da manhã, que me traz um novo dia

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