quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Súplica
O redor é um completo silêncio
Respiro fundo para completar o meu compêndio
Tentando por breve momento compreender minha natureza
Solução única no horizonte, apenas disto tenho certeza
Olhos nos vales que se estendem
Acho que apenas eles me entendem
Abatidos por ventos uivantes
Trazem a mesma dor dos injustiçados dos levantes
Furacões se abatem sobre a praia
Até que a mais forte estrutura não resista e caia
Vejo minhas paredes tremerem e virem ao chão
Mas não temo que elas caiam
Pois no fulgor de meu trabalho elas se reconstruirão
E na aurora de meu viver
Uma palavra veio a se estabelecer
Da certeza sólida a vivificar
O que a minh'alma insiste quebrantar
Em ondas de choque contra meu ser
Que por vezes pode ser que eu venha a ceder
De todas as coisas venha me privar
Faça pouco a pouco este templo sangrar
Porém não impeça, é o venho implorar
De poder exercer o meu dom de amar
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Cada leitor faz sua própria análise, e eu me satisfaço muito com o que vi. A mistura entre natureza, sensações, sentimentos, demonstra toda a complexidade do viver, mesmo que no fundo ele seja tão simples. A busca por algo sólido, algo que possa completar uma vida ou adicionar uma nova história... Esperança de um novo recomeço com o fruto do próprio trabalho, uma afirmação de que nada, NUNCA, está perdido.
ResponderExcluirAmar, claro, um dom, mas só um artista para isso declarar, porque só quem aceita o dom que possui, pode algo reinvindicar.
Um homem que sofre, ama, vive, desfruta de todas as sensações que se pode imaginar, um homem que sobrevive porque aceita o seu pesar, e o usa para se levantar. Um homem que acredita que pode ter resultado. Alguém que sabe que pode triunfar.
Palavras de um vencedor, que sonha e realiza seus desejos, transpondo todos os obstáculos em prol de algo maior.
O que mais posso dizer? Perfeito!
Puxa. Seu comentário ficou perfeito Guilherme.
ExcluirNão tenho mesmo palavras para responder. Apenas digo que você conseguiu fazer uma leitura perfeita do texto.
Muito obrigado pelo comentário.
E continue lendo sempre que puder.
Abraço!
Muito Bom!!
ResponderExcluir"O corpo a morte leva
A voz some na brisa
A dor sobe pra'as trevas
O nome a obra imortaliza
A morte benze o espírito
A brisa traz a música
Que na vida é sempre a luz mais forte
Ilumina a gente além da morte
Venha a mim, óh, música
Vem no ar
Ouve de onde estás a minha súplica
Que eu bem sei talvez não seja a única
Venha a mim, oh, música
Vem secar do povo as lágrimas
Que todos já so.....frem de......mais
E ajuda o mundo a viver em paz"
(João Nogueira)
Essa sensibilidade do espirito e corpo, cabe a poucos relatarem com sabedoria e com uma experiencia unica e individual. O Poema me traz a tranquilidade que a musica do João Nogueira tambem me conforta.
"Paz com o espirito pois o corpo é uma coisa passageira"
Nossa. Não conhecia esta música. Muito bela, simplesmente indescritível. Obrigado pelo comentário Victor! E fico feliz que este poema tenha este efeito, pois ele foi escrito com este intuito: levar este tipo de sensação a pessoas que, como eu, têm problemas, medos e dores reais, que por vezes nos tiram o fôlego.
ExcluirEspero que continue lendo.
Um grande abraço!