domingo, 26 de fevereiro de 2012

Inconsequência



Livre-arbítrio. Poder de decisão. Liberdade de ação. Todos temos essa capacidade e esse direito de tomarmos nossas próprias decisões, e é através delas que aprendemos a viver. Cada escolha que fazemos tem suas consequências, e lidar com elas é o que nos torna maiores. Mesmo quando nossas escolhas são erros.

Perdoar a si mesmo, por mais óbvio que possa parecer, não é nada fácil quando chega a hora de se fazer isso. Não nos aceitamos, não aceitamos o que fizemos, e tudo vira um vaivém de pensamentos punitivos com relação a nossa própria pessoa, como se isso fosse diminuir a gravidade do que aconteceu e, mais que isso, mudar realmente a situação causada por tal acontecimento. Saber seguir adiante mesmo depois de se decepcionar consigo mesmo é, antes de tudo, uma arte. Uma tela na qual traçamos um pequeno traço a cada atitude, e que se enche de rabiscos quando nos flagelamos com nossas próprias punições.

Deus não quer que, depois de errarmos, passemos por um processo de expurgo doloroso de nossa própria culpa. Ele quer, muito pelo contrário, que paremos de sofrer o mais rapidamente possível, dentro das possibilidades daquela realidade que nós mesmos criamos para nossas vidas. Ele pode mudar o impossível, mas apenas fará isso quando não acabar fazendo que caiamos em novos, ou até mesmo nos mesmos erros.

Assim, não pensemos que estamos sendo punidos pelos nossos erros. Apenas estamos lidando com as consequências daquilo que fizemos, e que não pensamos que seria causado pelo que desejávamos. E, por este motivo devemos pensar muito antes de agir, porque toda ação tem consequências, e é nas consequências que devemos refletir, para saber se realmente saberemos e queremos lidar com elas ou não.

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