quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vento...






Vento que sopra sem rumo
Vento que desalinha o meu prumo
Vento que bate na janela
No meu barco, é ele quem guia a vela
No escuro faz a alma arrepiar
Quando nas árvores, ele se põe a assobiar
E que me traz a esperança de terra e vida
Quando no mar guia esta alma perdida


Vento...
Vento que carrega lembranças
Que atravessa todas as distâncias
Vento que carrega profundos suspiros de amor
Vento que é testemunha do meu ardor
Que leva daqui as chamas de um fogo cruel
Cuja fumaça sai negra, tão abstrata como esta própria dor
Vento, este meu amigo fiel
Meus segredos, em teus ouvidos venho a pôr
Traga de novo os perfumes suaves da primavera
E que na fúria de sua ira, dome a mais temida fera


Vento que anda por aí
Mal chegou, já está a partir
Leve sim tudo embora
Assim que chegar a aurora
Leve para as águas profundas do mar
Esta poeira rota que sobre tudo quer ficar
Devolva o colorido a estes campos
Com sua mágica venha purificar
Cada recanto de vida que deseja se renovar
Trazendo de longe as coisas boas do mundo
Espalhando sementes nestes vales profundos

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