sábado, 4 de abril de 2015

Irmãos



Bondade demais para ser mero acaso
Sem obrigação, por pura espontânea ação
Juntos lado a lado seguindo o mesmo compasso
Nas ruas da cidade de bicicleta
Jogando bola nos campos de grama verde
Sorrisos alegres quando apenas sendo jovens em festa

Nos dias difíceis um ombro para procurar
Nos dias alegres um olhar de alegria mútua encontrar
Sintonia que um ao outro faz se ligarem
A certeza da presença mesmo quando distantes se encontrarem

No quintal de casa novos mundos encontrar
Em frente ao portão de casa uma nova realidade desvendar
Capas vermelhas nos ombros, e já são capazes de voar
Em seu universo puro e novo, toda noite é dia de estrelas cadentes
E quando as nuvens insistem em se aproximar
Dançando nas poças de água a chuva eles irão celebrar

E mesmo que o tempo seja mesmo implacável
E uma hora um breve adeus eles tenham de se dar
As memórias lá sempre estarão
Sendo promessa dos dias futuros que ainda virão
E no fundo se souberem procurar
A verdade é que um ao outro dentro de si irão encontrar
Pois apesar da fragilidade da existência humana
Há ainda aquelas pequenas e amáveis coisas contra as quais o tempo jamais irá triunfar

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