terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Nina




Vento que soprou
Levíssimas chamas ele apagou
Qual breve história que se contou
Tudo qual água evaporou


O que sequer começou
Para sempre se acabou
Há tanto tempo se perdeu
Mas de alguma forma
O coração não esqueceu
Ainda hoje às vezes
Me pego a perguntar
O que eu seria hoje se esse breve conto
Fosse história ainda por terminar


Tanta coisa mudou
Meu reflexo no espelho se transformou
O que foi que faltou?
Foi isso que sempre meu eu perguntou
Questionei o que fiz pra deixar falecer
O que hoje vi que sequer chegou a nascer
Será mesmo que é tão simples esquecer?


A vida sempre segue seus próprios planos
E no meio deles vivemos mocinhos e vilões
Acho que por isso nos chamamos humanos
Pois rimos, conversamos e choramos,
Sem perceber os cravos que pregamos


Desse aroma já não há mais fragor
Meu paladar já não percebe mais este sabor
Apenas lembro de que foi o toque de uma rosa
Que por três curtas estações
Fez saltar esta alma em polvorosa


Agora deixo apenas para você
Um adeus e que continue a viver
Sonhos que façam tua alma crescer
Apenas não deixe de novo morrer
O suave perfume que crias sempre sem perceber...

Nenhum comentário:

Postar um comentário