sábado, 25 de janeiro de 2014

O primeiro amor


 Tristezas, dores, provações. Ondas que se quebram às margens de nosso ser, nos moldando e redefinindo os limites de nosso ser. Cada embate do oceano do destino nos molda, nos transforma. Como seixos à beira da praia, vamos sendo polidos e perdendo as nossas arestas.
Tudo isso faz parte da transformação do nosso ser. Queiramos ou não, estaremos sempre sujeitos às tempestades e calmarias às quais nós mesmos nos lançamos.
E, em meio a estas diversas paragens da existência, não podemos deixar de lembrar que, apesar de todas as vicissitudes da vida, nossa meta é melhorar, pouco a pouco, aquilo que temos de mais valioso: nosso espírito.
Qual termômetro de nossa condição, a consciência nos alerta para aquilo que devemos remediar, voltar atrás, e admitir que precisamos ser perdoados. A humildade se encontra calmamente com a percepção verdadeira e honesta do que somos, no nosso rumo em busca da redenção.
Dia após dia, passo após passo, vamos aprendendo que, apesar de todos os contrapontos aos quais somos submetidos, eles são nada mais que um reflexo daquillo que fomos. E, ao aceitarmos e enfrentarmos isso, não apenas alcançaremos a paz com nós mesmos, mas também aprenderemos a fazer crescer e brilhar ainda mais aquela chama eterna, que arde no nosso interior, refletindo à volta todo o amor com o qual fomos criados, e que é, de fato, a única forma de ser verdadeiramentr feliz. Compreensão, para com si mesmo e os outros, não é apenas uma qualidade para poucos. É um dom que aos poucos, todos iremos desenvolver, deixando de amar não apenas o que cremos, mas que nos fará ver que todos juntos filhos de um mesmo pai.

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