domingo, 12 de janeiro de 2014

Passos na estrada



Estava em si mesmo
Diante de um malfadado e distorcido
Mas ainda assim belo e atraente espelho
Estava em um lar
Aquele onde nascemos para amar
Estava em seu lugar
Sem motivos para o deixar

Uma estrela caiu do céu
Em seus olhos se abriu o véu
Não era preciso ir para deixar
E muito menos deixar para poder ir
Andou...
Viu árvores mortas caídas no chão
Pessoas que sem nada
Pediam apenas por um irmão

Nas pinguelas perdidas por aí
Pessoas que apenas se viam para existir
Pessoas que não aprenderam a amar
E também aquelas que não conhecem a palavra perdoar
Túmulos sagrados que andam por aí
Já se enterraram dentro de si

Viu também o amor que natural emana
Daqueles que sabem que a vida não é profana
Daqueles que enxergam além do que crêem
De quem não se encontra no centro da própria ambição
De quem ao ver uma lágrima
Não hesita em vir estender a mão

Caindo em louvores por tanta beleza 
Viu que além de tudo, ela era uma dádiva eterna
Pois aonde quer que estejamos
Poderemos encontrar a chama daqueles que amamos
E perceber que para tanto
Do nosso eu é necessário que abramos
E em cada estrada poderemos encontrar 
Alguém com quem sem medo viajar

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