segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Viver
Cantar, sorrir, sentir
Chorar, cair, e seguir
Parar, pensar, decidir
Descansar, aprender, se redimir
Perdoar, esquecer, ser feliz
Olhar pra trás, ver um belo quadro e na parede pendurar
Olhar para frente, ver uma tela branca e a colorir
Ouvir uma música, dançar sem medo de quem está a ver
Cantar fora do chuveiro, sem se preocupar com quem vai ouvir
Fotografar, ser um álbum de momentos
Que, simples, são o relato do que se passou ali
Reencontrar, abraçar e amar quem nunca se foi
Despedir-se, e saber que dentro de nós
Se encontra a presença amada
Ver uma árvore, sentar na grama e apenas o ar molhado respirar
Brincar com a chuva, se jogar na neve, e um anjo para sempre em si marcar
Pular no rio, gargalhar com a água no cabelo, e até o fundo nadar
Pegar a mochila, guardar nela a esperança e pela estrada viajar
Numa casa entrar, e ela num num oásis transformar
Ver olhos que caídos, e levá-los ao céu
Ver aqueles que não vêem, e tirar-lhes o véu
Cantar para uma pequena criança
E vê-la serena dormir
E, quando as lágrimas no chão caírem
Que elas reguem os frutos de redenção para que os possamos distribuir
No fim da tarde, jamais se esquecer
Que por mais que a noite caia sobre nosso espírito
Sempre seremos capazes de acender o sol que nos guiará de volta à luz
Sem medo de enfrentar, sem medo de caminhar
Sem medo de (se) amar, sem medo de ser feliz
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